A construção do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) alcançou um novo marco com a instalação bem-sucedida de um de seus espelhos primários, de impressionantes 8,4 metros de diâmetro, em um protótipo do sistema de suporte no Laboratório de Espelhos Richard F. Caris, da Universidade do Arizona. Este sistema, que ocupa o equivalente a meia quadra de basquete, é crucial para a precisão óptica e o controle do telescópio, que promete revolucionar a astronomia ao fornecer imagens extremamente detalhadas do universo.
Com essa instalação, inicia-se uma fase de testes ópticos de seis meses, que visam demonstrar a capacidade do sistema de controle em ajustar e manter o espelho em perfeitas condições operacionais. Quando finalizado, o GMT contará com sete dos maiores espelhos monolíticos do mundo, compondo uma superfície coletora de luz de 368 m². Isso permitirá observações com até 200 vezes a capacidade dos telescópios mais poderosos em operação hoje.
A primeira luz do telescópio está prevista para o início da década de 2030, no Chile. Já com 40% da construção concluída, o projeto é liderado pela GMTO Corporation, um consórcio internacional de 14 universidades e instituições de pesquisa dos Estados Unidos, Austrália, Brasil, Chile, Israel, Coreia do Sul e Taiwan. O Brasil, representado pela Fapesp e pelo GMT Brazil Office (GMTBrO), terá direito a 4% do tempo de operação anual do telescópio, o que possibilitará à comunidade científica paulista o acesso a esse equipamento revolucionário.
O suporte dos espelhos do GMT é um sistema altamente sofisticado, capaz de operar com precisão em níveis de nanômetros, ajustando o posicionamento e a forma dos espelhos conforme o telescópio se move. Essa tecnologia é fundamental para garantir imagens de altíssima resolução, contribuindo para a exploração dos mistérios do universo com detalhes sem precedentes.
A equipe brasileira participa ativamente do desenvolvimento de diversos instrumentos astronômicos que serão utilizados no telescópio, além de promover iniciativas educacionais e de divulgação científica, inspirando uma nova geração de entusiastas da astronomia.
Com informações do Jornal da USP.
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