Um satélite geoestacionário de internet da Intelsat sofreu uma ruptura misteriosa enquanto orbitava a Terra, levantando preocupações sobre as causas e o perigo que os detritos espaciais podem representar para outros satélites.
Satélite geoestacionário Intelsat 33e. — Imagem: Divulgação |
No último sábado (19/10), o satélite Intelsat 33e passou por uma "anomalia", de acordo com a empresa que fornece serviços de comunicação para governos, empresas de telecomunicações e companhias de mídia. Inicialmente, a Intelsat informou apenas que o satélite havia perdido energia, o que causou uma interrupção nos serviços. No entanto, a Força Espacial dos EUA também relatou ter detectado fragmentos do satélite.
"Acompanhando atualmente cerca de 20 pedaços de detritos — análise em andamento", tuitou o braço de monitoramento de satélites da Força Espacial. O Intelsat 33e orbitava a aproximadamente 35.000 quilômetros da Terra, cerca de 70 vezes mais distante do que um satélite Starlink.
S4S has confirmed the breakup of Intelsat 33E (#41748, 2016-053B) ~0430 UTC. Currently tracking around 20 associated pieces - analysis ongoing.
— S4S_SDA (@S4S_SDA) October 20, 2024
Embora a causa do colapso do Intelsat 33e ainda seja incerta, há hipóteses de que o satélite tenha colidido com algum detrito espacial preexistente, o que teria causado sua fragmentação, segundo o astrônomo e rastreador de satélites Jonathan McDowell. Outra possibilidade é que algum componente a bordo, como o sistema de propulsão, possa ter explodido.
Por enquanto, os fragmentos do Intelsat 33e não representam uma ameaça imediata, mas podem se tornar perigosos a longo prazo. De acordo com McDowell, a indústria espacial já registrou 16 "eventos de detritos" na órbita geoestacionária a 35.000 quilômetros de altitude, e o acúmulo desses eventos começa a representar um risco crescente de colisões com outros satélites.
"Acredito que o total de cerca de 16 eventos de detritos em GEO (órbita geoestacionária) até agora está começando a tornar preocupante o risco de pequenos detritos atingirem outros satélites, mas ainda não tenho uma estimativa quantitativa", disse McDowell.
A Intelsat ainda não respondeu oficialmente aos pedidos de comentários, mas em sua declaração original, informou que está "trabalhando de perto com a Boeing, fabricante do satélite, para resolver a situação."
O Intelsat 33e foi lançado em 2016 e entrou em operação no ano seguinte, fornecendo serviços de comunicação para clientes na Europa, África e partes da região Ásia-Pacífico.
Com informações de PC MAG.
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