A Rússia invadiu a Ucrânia ontem (24 de fevereiro) em uma série de ataques militares. A ação, que causou muitas críticas internacionais, também provocou novas e severas sanções que foram anunciadas pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em um discurso público. No entanto, apesar das novas sanções e da guerra em curso, a NASA afirmou que a cooperação civil entre os EUA e a Rússia no espaço, particularmente no que diz respeito à Estação Espacial Internacional, continuará normalmente.
"A NASA continua trabalhando com todos os seus parceiros internacionais, incluindo a empresa espacial do governo russo Roscosmos, para que as operações sigam em curso na Estação Espacial Internacional com segurança. As novas medidas de controle de exportação continuarão a permitir a cooperação espacial civil EUA-Rússia. Não estão previstas mudanças no apoio da agência às operações em órbita e estações terrestres", disse a NASA em um comunicado do porta-voz da agência, Joshua Finch.
Em uma declaração pública e televisionada, o presidente Biden discutiu as novas sanções, afirmando que haverá "novas limitações sobre o que pode ser exportado para a Rússia".
"Estimamos que cortaremos mais da metade das importações de alta tecnologia da Rússia. Isso vai dar um golpe em sua capacidade de continuar a modernizar seus equipamentos militares. Isso vai degradar sua indústria aeroespacial, incluindo seu programa espacial", acrescentou.
As declarações de Biden não mencionavam diretamente a NASA, a colaboração da NASA com a Rússia no espaço ou na Estação Espacial. No entanto, Dmitry Rogozin, diretor da agência espacial russa Roscosmos, fez uma postagem no Twitter após o discurso de Biden, que parecia responder com a suposição de que essas novas sanções afetariam as parcerias espaciais das duas nações.
"Você quer destruir nossa cooperação na ISS?" Rogozin tuitou em russo.
"Se você bloquear a cooperação conosco, quem salvará a ISS de uma perda de controle, que pode fazer com que ela caia nos Estados Unidos ou na Europa? Há também a opção de deixar cair uma estrutura de 500 toneladas na Índia ou na China. Você quer ameaçá-los com tal perspectiva? A ISS não sobrevoa a Rússia, então todos os riscos são seus. Você está pronto para eles?" Rogozin acrescentou.
No entanto, apesar do desabafo de Rogozin, a declaração da NASA que se seguiu à noite parece sugerir que, pelo menos por enquanto, as novas sanções não interferirão com a colaboração internacional no espaço.
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